#06 - COMO EU APRENDI - Python


Olá, seguidor e seguidora do blog!

Neste sexto artigo da série que estou escrevendo: COMO EU APRENDI, vou explicar o processo que utilizei de aprendizado do PYTHON, uma linguagem de programação muito popular e que atualmente está em destaque na comunidade Excel, pois em breve será possível utilizar o Python diretamente no ambiente da planilha (vou aproveitar e falar um pouco disso também).

Sempre tive curiosidade sobre a linguagem Python. Sempre ouvi falar de sua capacidade e de seus recursos. Uma linguagem que possui milhares de bibliotecas que potencializam e agilizam qualquer desenvolvimento.

Para quem não sabe, o Python foi lançado em 1989 (há bastante tempo!), por Guido von Rossum. Uma linguagem interpretada, de alto nível, funcional e de tipagem forte. Acredito que, se você não for da área de desenvolvimento os termos são completamente desconhecidos para você. Se sobrar um tempinho ainda coloco um glossário no final do artigo!

Sempre protelei o aprendizado da ferramenta mas, há mais ou menos 1 ano e meio atrás, surgiu uma demanda de um cliente da empresa que trabalho (MLF), e tive que aprender a linguagem. 

No começo pensei que fosse difícil o aprendizado, por isso recorri a um curso que comprei na Udemy. Pelo menos teria uma noção básica antes de começar. O curso era muito ruim e não me ajudou de nada. Pensei em comprar um livro sobre o Python e mais uma vez desisti, os preços exorbitantes e os temas não foram de interesse.

Recorri então a um método bem particular. Resolvi esquecer qualquer material de apoio complementar e busquei a documentação do próprio produto. Apesar dele estar todo em inglês, hoje está fácil fazer a tradução para o nosso idioma utilizando ferramentas do próprio navegador. Deixei de lado "todo conhecimento prévio" que achava que tinha e resolvi começar do zero.

Fiz a instalação do Python em meu computador a partir do site oficial e comecei os estudos seguindo a documentação. Uma dica para você: logo no início da instalação do Python, em uma das telas iniciais ele perguntará através de um controle de seleção se você quer adicionar o Python no PATH do Windows. Na primeira instalação não fiz isso e esse foi outro problema que encontrei nos estudos. Não passe por isso e marque a opção no início!

Após a instalação, como todo bom programa rodando em Windows, recomendo que faça a reinicialização do seu computador. Além da leitura atualizada do Path, qualquer biblioteca que tenha dependência com a linguagem será inicializada corretamente.

Depois de instalado, abra um prompt de comando e digite: python --version
Assim você se certificará que o executável do Python está sendo lido corretamente no path e já conseguirá visualizar a sua versão.

Meu primeiro desafio: instalar o VSCode (framework de desenvolvimento gratuito da Microsoft e que dá suporte ao Python). Na primeira instalação já tive problemas. O Hello World!, primeira frase de qualquer desenvolvedor em uma nova plataforma já não aparecia em uma rotina simples de print (print é a instrução no Python que permite a saída do resultado de uma operação na região de terminal do VSCode). 

Parei os estudos do Python e foquei minha atenção no VSCode. Descobri que para o Python rodar era necessário a instalação de algumas extensões no VSCode. Fiz a sua instalação e descobri que ela vinha acompanhada de algumas features (acostume-se a isso quando começar a usar o Python!). O Pylance é uma biblioteca que permite o auxílio do Intellisense no Python, além de features para clareza do código, depuração, testes entre outros recursos.

Na carga inicial do VSCode, após a instalação da extensão do Python ele vai sugerir a instalação de novos 2 suplementos: mypy e flake8. Pode instalá-los. O Mypy auxilia no momento do desenvolvimento para ver se você declara e usa corretamente as variáveis no código e o flake8 auxiliará no processo de criação dos códigos, sugerindo e verificando a padronização no Python. Ambas são ferramentas Linter, que verificam a semântica, analisando o seu código enquanto você está codificando.

Voltando ao estudo: VSCode funcionando, Hello Word! impresso no Terminal e agora é começar como o básico da linguagem. 

Como eu tinha que elaborar um curso completo sobre a ferramenta (no final elaborei 2 módulos completos), decidi usar a técnica que uso com frequência: começar do principio na linguagem, sem qualquer receio de ser feliz nos estudos, desci para o nível aprendiz em Python. 

Seguindo a minha técnica de estudo, resolvi então responder as seguintes questões: 
  • como o ambiente trabalha com as operações matemáticas essenciais?
  • como o ambiente faz operações comparativas?
  • quais são os tipos primitivos de dados que a linguagem ou ferramenta trabalha?
  • como se declara uma variável?
  • como se utiliza a variável?
  • quais são os escopos de aplicação de uma variável?
  • quais são as funções básicas de tratamento de números?
  • quais são as funções básicas de texto?
  • quais são as estruturas de repetição?
  • quais são as estruturas de decisão?
Respondendo uma a uma das perguntas ficou fácil de entender como o Python funcionava. O próximo passo para praticar foi criar os módulos do curso e criar todas as rotinas que seriam ensinadas, uma a uma. 

Recentemente comprei meu primeiro livro de Python e sua leitura foi muito agradável e rápida. Com conceitos essenciais já assimilados, a leitura fez mais sentido, e hoje assistindo aos vídeos de novidades e recursos da ferramenta tudo é compreendido mais facilmente.

Não sou de forma alguma um especialista no Python, pois até o momento não fiz nenhuma entrega de projetos desenvolvidos 100% na linguagem, mas espero ansioso pela adição do recurso em minha assinatura do 365 para testar seus recursos no Excel.

Na minha opinião, o Python vai oferecer recursos adicionais ao Excel, como por exemplo gerar DataFrames facilmente a partir de intervalos de células, e a partir desses DataFrames, analisar os dados com as bibliotecas padrão do Python (matplotlib, pandas, ...). 

Não acredito que todas as bibliotecas estejam disponíveis, acredito que um conjunto apenas seja liberada. O Python deverá rodar encapsulado em um ambiente controlado no Azure, onde todas as bibliotecas já estarão nativamente. Acredito não ser possível declarar um import de bibliotecas baixadas e instaladas na máquina do usuário.

Se você nunca usou o Python e espera que ele seja um novo VBA, pode esquecer. Ele vai agregar recursos ao Excel, só isso... O VBA continuará existindo, o Office Script continuará existindo e o melhor de tudo: você terá que aprender a programar em Python.

Não basta a Microsoft liberar o Python para o Excel. Você terá que aprender a desenvolver códigos na linguagem. Terá que fazer a importação de bibliotecas com o import e terá que escrever seus próprios scripts em Python. 

No começo é até legal copiar e colar código de fóruns de discussão, mas se posso dar uma dica é: estude em profundidade a nova linguagem! Tenho certeza que isso agregará a você muito conhecimento e produtividade.

Tenho uma turma programada para ministrar um curso ao vivo sobre Python Fundamentos e sempre é necessário revisitar o conteúdo. Lembre-se que, sem praticar ou estudar frequentemente, o esquecimento de uma nova habilidade é certo! Então bora estudar para que o Python seja uma nova linguagem de desenvolvimento em suas habilidades.

Que assunto gostaria que eu escrevesse no próximo artigo? Deixe sua sugestão nos comentários!

Até o próximo artigo!

Alessandro Trovato
Compartilhando conhecimento, sempre!


Glossário:
Linguagem interpretada: wikipedia
Linguagem de alto nível: wikipedia
Programação funcional: wikipedia
Tipagem forte: stackoverflow


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