Olá, seguidor e seguidora do blog!
Neste segundo artigo da série que estou escrevendo: COMO EU APRENDI, vou falar das dificuldades e do processo de aprendizado de outra ferramenta do pacote Power da Microsoft: o Power Apps.
Se você que está lendo ester artigo ainda não conhece o Power Apps, vou resumir o que o aplicativo faz. Imagine o Power Apps como uma solução amigável para a criação de aplicativos / sistemas de inputs (entradas / coleta), além do controle de dados.
Sabe aquela planilha que normalmente você cria para lançar suas despesas pessoais ou o controle de uma lista de participantes de um evento? Uma planilha para analisar itens de um inventário ou até mesmo verificar seu estoque mínimo?
Todas essas atividades podem ser transportadas facilmente para um APP que realiza esses inputs e, que ainda pode ser executado em seus dispositivos móveis como celulares e tablets! E você não precisa ser um desenvolvedor WEB para isso!
Muito para ser verdade? Não... A ferramenta faz justamente tudo isso e um pouco mais.
A necessidade de aprender o Power Apps surgiu de demandas no trabalho. Foi solicitada a criação de mais um curso (que acabou virando 2 cursos completos para a MLF) do aplicativo. O curso de fundamentos do Power Apps foi o primeiro que gravei.
Lembro de ter assistido alguns vídeos no Youtube sobre a criação de aplicativos utilizando o Power Apps e mais uma vez fiquei perdido. Parte dos vídeos que assisti também mostravam como fazer "a incrível criação de aplicativos três telas".
Para quem ainda não teve a oportunidade de ouvir esse termo, é um APP (aplicativo) simples que permite Cadastrar, Editar, Apagar e Visualizar registros de um banco de dados simples (no caso, banco de dados pode ser uma pasta de trabalho do Excel, uma lista do Sharepoint, SQL Server, e mais uma porção de outras fontes de dados que estão disponíveis!).
Criar um aplicativo desses não demora nem 10 minutos e é totalmente funcional (mas, muito simples na parte visual, daí a necessidade de aprender um pouco mais a fundo a ferramenta).
O apelo do Power Apps está no fato dele ser simples e ser oferecido pela Microsoft como uma ferramenta muito próxima ao Excel (sim! isso está na documentação no site da Microsoft). Inclusive, na linguagem Power Fx (uma linguagem de desenvolvimento nativa do Power Apps e do Power Automate), há muita similaridade com as funções do Excel.
Deixei os vídeos no Youtube de lado, parei de ler os blogs sobre o assunto e voltei para a minha técnica primordial de aprendizado: ler a documentação técnica do aplicativo no site da Microsoft. Um rico material que recomendo seja a sua primeira fonte de inspiração para o aprendizado.
Clique aqui para ter acesso à documentação (mas clique depois, continue lendo!).
Desta vez, fui um pouco mais além da documentação e procurei os cursos do ambiente do Microsoft Learn. Há centenas de cursos disponíveis que você pode fazer gratuitamente. Por exemplo: Descrever como criar aplicativos com o Power Apps. Nos cursos, conforme você vai avançando, ganhe pontos Rewards para no futuro trocar por benefícios na própria Microsoft.
Vamos voltar ao método...
Depois de fazer uns quatro cursos na plataforma, respondi a pergunta primordial: para que serve o Power Apps!
Próxima fase: conhecer o ambiente.
Quando abri o ambiente do Power Apps para começar a criação de uma aplicação, a primeira coisa que fiz foi desenvolver uma aplicação de três telas! Só que dessa vez, eu já tinha um pouco mais de noção do que estava fazendo.
Com o aplicativo na tela, fui explorar o ambiente de trabalho do Power Apps.
O ambiente é bem simples e aqui fica uma dica para você: não pule etapas e explore cada pedaço do ambiente do Power Apps. No desenvolvimento Low Code (baixa ou nenhuma codificação), os controles que você utilizará para criar o seu aplicativo já apresentam uma série de recursos nativos. Esses controles possuem dezenas de propriedades que permitem configurar as ações quando você interage com eles.
Um exemplo disso é um botão. Você adiciona um botão no seu APP e espera que ele faça algo certo? Para que ele "faça algo" você tem que configurar uma propriedade chamada OnSelect! E o que você configura? Adiciona uma instrução do Power Fx chamada Navigate para navegar entre as páginas do seu APP. Pode também criar uma sequência de comandos, que serão executados na ordem em que foram inseridos, para isso basta separar os comandos com ;; (dois ponto-e-vírgula seguidos).
Uma instrução geralmente precisa vir acompanhada de argumentos e, são esses argumentos fornecem à função dados e parâmetros do que precisa ser feito. Por exemplo: o comando Navigate(tela_inicial, Fade) faz a navegação para uma tela do seu APP chamada tela_inicial e a transição entre telas se faz utilizando um "Fade", ato de clarear e depois voltar à cor normal, simulando uma transição.
Se você não fizer a leitura da documentação, não saberá que a instrução Navigate tem um terceiro argumento que é opcional. E ele permite "transportar" uma variável de ambiente para outra página passando informações necessárias para outras ações. Daí a importância de ler sempre a documentação. Reforço: não pule etapas!
Lembra do aplicativo de três telas que informei antes? Agora a próxima fase: adicionar uma tela nova, uma capa que tenha botões para acessar os recursos das três páginas.
Nesse ponto aprendi como usar a instrução User() do Power Fx para recuperar a foto, o nome completo e o e-mail do usuário logado no APP. Nem comecei a usar o Power Apps e meu APP já tinha até a minha foto na tela de abertura do APP! Incrível não é?
Depois de criar a tela inicial, fui explorar todos os controles e estudei as diferentes propriedades que cada um tem. Propriedades para exibição de textos, margens internas, posicionamento em tela, bloqueio e obrigatoriedade de preenchimento de alguns controles, controles de seleção e por fim, adicionei uma página para adicionar os principais controles para vê-los funcionando.
Esse é um ponto importante! Há no menu principal de criação do APP uma opção chamada Inserir. A partir dele é possível inserir em uma página todos os controles necessários e já prontos do aplicativo. Dediquei algumas horas para a inserção e testes, vendo o que cada um faz. Você pode focar essa parte nos itens principais: Ferramentas de Entrada, Layout, Mídia e Popular.
A cada controle adicionado, observe suas propriedades e, na sequência, rode o APP (pressionando o botão Executar do ambiente ou pressionando a tecla F5). Neste caso a página será exibida completamente funcional. Aprenda como reage o controle quando fizer alterações em suas propriedades. Interaja nesse ambiente liberando o seu lado exploratório! Use e abuse dos controles nessa fase de aprendizado! Como não há um medo inicial de "quebrar algo", você vai se familiarizar com os controles mais facilmente. Quando estiver montando algo definitivo, a tensão será bem menor, vai por mim!
Terminada a fase exploratória do ambiente, chegou a hora de montar o curso e responder as perguntas essenciais do método que utilizo (reproduzo aqui mas são as mesmas do artigo anterior sobre o Power Automate):
- como o ambiente trabalha com as operações matemáticas essenciais?
- como o ambiente faz operações comparativas?
- quais são os tipos primitivos de dados que a linguagem ou ferramenta trabalha?
- como se declara uma variável?
- como se utiliza a variável?
- quais são os escopos de aplicação de uma variável?
- quais são as funções básicas de tratamento de números?
- quais são as funções básicas de texto?
- quais são as estruturas de repetição?
- quais são as estruturas de decisão?
Pronto!
Para cada uma das perguntas gerei uma quantidade de aulas e comecei as gravações. Posso dizer que o resultado final ficou incrível!
O módulo I do curso ficou com 92 aulas gravadas, mais de 14 horas de conteúdo em vídeo, mais de 6 APPs construídos e interagindo com o Excel, Sharepoint, SQL entre outros conectores (há mais de 400 disponíveis).
Como tinha gerado material para mais do que um treinamento de fundamentos, alguns meses depois gravei o Módulo II com 116 aulas, mais 5 APPs criados e com carga horária superior a 15 horas de duração.
Enquanto estava estudando o Power Apps e criando os cursos a Microsoft lançou o Power Pages! Adivinhe o que vou ter que aprender em um futuro não tão distante? Me diz nos comentários se você pensou o mesmo que eu!
Resumindo minha experiência com o aprendizado do Power Apps: todo o processo foi muito agradável, pois tive acesso a uma excelente documentação, o ambiente facilita muito o aprendizado e permite que meu lado criativo se junte ao lado técnico para criar boas soluções. O estudo ainda não acabou! O aplicativo é poderoso e com o uso em conjunto do Power Automate, o céu é o limite!
Que venham mais APPs, mais cursos e mais turmas de treinamento sobre o Power Apps!
Que assunto gostaria que eu escrevesse no próximo artigo? Deixe sua sugestão nos comentários!
Até o próximo artigo!
Alessandro Trovato
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